sexta-feira, 25 de abril de 2008

recorte número tal

leia mais *bruno bandido em http://brunobandido.wordpress.com/

#2

bêbados nas escadas do sinuelo,
igrejas e banheiros,
e o resto do mundo na pista
dando pista pra sacanagem
que pisca sem sentido, só intenções.

as latas amassadas,
coladas no cordão da calçada,
pessoas pisam felizes
e entram deliciosas em seus
carros e táxis e caronas e ruas.
no dia que notarem o cara
deitado no meio da praça
com cachorros e cachaça,
sem sentido, sem intenções.


*bruno bandido ainda curte velhos clichês adolescentes.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Quero morrer sábado

To em Pelotas,ora bolas
Captando a velha imagem
De uma garrafa de vinho
Tinto,porém seco,dos velhos tempo

To de novo na área
Que merda!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Queria estar de novo na mesma
Tão contigo,umbigo!!!!!!!!!!!!

Queria tudo
Mas tenho a canha
Que me enfadonha

E a solidão
Por uma burrice apenas
Idiota!!!!!!!!!!!!!!!




Queria morrer sábado




De onde vem o tiro???????????????Do meu ouvido??????????????????

domingo, 20 de abril de 2008

recorte número tal

*bruno bandido

uma e meia da manhã de domingo pra segunda e eu decidi sair de casa. parei na frente do bar do dj jipp e apesar de já ter ingresso não me deu a mínima vontade de entrar, no duro. caminhei até o centro, o que significa umas quinze quadras, pra não ver ninguém. comprei uma cerveja e dei meia volta com os passarinhos tentando dormir e os vira-latas brincando de lobos. me lembrei dos velhos poemas de Ginsberg pelo caminho e então surgiu o primeiro recorte. aí sim algo me fez entrar no bar, se é que pode se chamar assim. centenas de gurias bonitas que provavelmente vão se casar com uns caras que vivem falando sobre quantos litros de gasolina fazem por quilômetro. lembrei de Sallinger e dei no pé.

o recorte número tal são fragmentos que mostram/fingem a percepção de jovem urbano nessa cidade, ou qualquer coisa que o valha. aí vai o número um.

#1

lá no rio, de madrugada,
um azul pro escuro
e a guria que eu curtia,
de sobretudo,
gostava de dizer preu ser só eu mesmo.
nessas horas o amor é sempre o peso do mundo.

na roda de amigos ao lado
tentavam nos convencer
que se homem ou mulher tanto faz,
e eu ria simpático pra não ter que discordar.



*bruno bandido é plagiador dos velhos clichês adolescentes.

poesia mínima

marginália

mão
contra-mão
mãe;;!


***

ana,
teu corpo de jangada
nada
teu ser significa
nada
te amo!!!

O império do besteirol

escrito por *Lúcia Knor

Imagine três adolescentes sem nada relevante para falar que sobem ao palco para chamar a atenção, sem saber sequer tocar seus próprios instrumentos. Foi isso que aconteceu no show que encerrou a primeira noite da última edição do Jaguararte.

No mesmo dia que célebres músicos jaguarenses como Nuno de Moura, Pardal e Miguel Timm fizeram excelentes apresentações, três jovens que formam os Ornitopandas esculhambaram o evento com uma música que não pode ser chamada de música e críticas sociais de crianças que recém conheceram Che Guevara.

O que mais me impressiona, além do desrespeito com o público (ao meio de risos e deboches, tocaram uma música de 15 minutos de duração que possuía apenas duas frases), é a audácia dessa nova geração que luta para ser reconhecida na cidade a qual Hélio Ramirez tomou de lar. Como podem querer respeito se nem os ouvidos do público respeitam?

Depois de tantas bobagens, brincadeiras sem graça, instrumentos desafinados, falas mal-criadas, poesia dadaísta, cantos fora de tom, levantei-me do Theatro Esperança (ao contrário de muitos consegui ficar até o final), entrei em meu carro, respirei fundo e tentei relaxar ao som da Meridional FM.

* Lúcia Knor é bacharel em Letras e organizadora cultural.

Um ponto de interrogação

escrito por *Torquato Rocha


O show do grupo Ornitopandas, que encerrou a primeira noite do Jaguararte, foi o contato mais questionador que o público que entrou no Theatro Esperança pôde ter naquela noite. Donos de uma poesia totalitária, inspirada nos movimentos de vanguarda modernistas, os três garotos estabeleceram uma reação de ódio e tédio com a platéia.
O diretor e roteirista de cinema e teatro Domingos de Oliveira disse que “a arte é a vida sem as partes chatas”. Pois os artistas em questão resolveram fazer o contrário. Liquidificaram em quarenta minutos só as partes chatas da vida: a rotina, o consumo capitalista exacerbado e o lado ruim do amor. Porém, entraram na prática com tanta veemência que a platéia não conseguiu refletir a respeito e não aprovou em nada a idéia.
O casamento entre estética e conteúdo foi perfeito. Na primeira música, Bruno Bandido mal conseguia cantar o refrão “eu odeio te amar” pois tinha ataques de tosse proposicionais enquanto Felipe Rosales e Thomas Silva deliravam em seus instrumentos. Logo após, sentaram-se todos em uma mesa, despejaram a comida nela e em uma cena infernal comeram os rótulos dos produtos a seco. O ponto auge do show foi uma música de 15 minutos de duração em que a frase “eu quero morrer de tédio pra morrer te amando” era repetida freqüentemente.
Na questão instrumental, parece que eles desaprenderam a tocar para fazer o show. O que deixou o público mais irritado e perplexo. Antes de subirem ao palco, os próprios artistas colaram pelo saguão cartazes dizendo “não assistam aos ornitopandas”. A provocação foi respeitada.


* Torquato Rocha é filósofo e pedreiro.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

um pouco de filosofia coloquial & 2º rock solidário

*bruno bandido


Nunca soube diferenciar a palavra da palavra palavra. É que as duas coisas se tornam muito únicas quando não tenho diferença em mim, sei que deveria ter e sei que há, apenas não sei qual é.
Nunca soube diferenciar o amor da palavra amor. Embora sejam estritamente diferentes. Não tenho saco para ler o amor, o que mais me aborrece é que no fim, a única coisa que eu leio é ele.
filósofo coloquial, Jorge Armado.

No rock solidário, as bandas terão qualidade, e não haverá tanta quantidade – coisa rara de se pensar há uns anos atrás. A contracultura jaguarense estará representada no rock’n roll da divergência, o que me deixa tranqüilo. A popeira bonita como sempre é da Blackout, única banda que consegue ser pop e não perder a dignidade na cidade heróica. Quanto à sala 25, não sei o que os caras andam tocando, mas são bons e não é a Amarula, Macaco Rules! Os hermanos de lá também tocarão! Esto es intercâmbio, Esto es interatividad entre los paises amigos, Esto es cultura. (e isso foi uma piadinha bem interna)

Tomara que as pessoas vão, principalmente as mulheres. Um beijo.

*bruno bandido é um personagem maneiro da malhação!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Queria saber o que escrever...

O Grêmio tá fora,eu estou por fora,fico aqui a beber
Pois a moral do jovem é encher a cara e se livrar do resto
Acha que é fácil se dedicar a compromissos 12 horas por dia?
Bem vindo à minha (falta de) vida!

Agora to começando a ver que a odonto tá no meu sangue na marra
E não adianta chorar,dizia Renato Azevedo(se não sabe procura no orkut)
E entro na lei da sociedade

Bah até festival é uma festa
E eu quero ver o circo armado!!!!!!!!!!
Só vai ficar a Dive dos contrários
O que posso fazer?????

Nós seremos as vozes???

Prefiro me calar

Créu,créu...

Não vai ter forró

Avisa pro outro lá que não pode

Créu,Créu...

Vamos ficando só

E sempre o Fernandinho se fode

Créu,créu...

Vou só pra tocar

E quem não gostar que vá pra PUTA QUE PARIU COM TODO O RESTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

*bruno bandido

Leia o poema do piloto de teste Augusto Bacano. Entitulado 'Deus me disse'

"
os velhos conversam futebol
com a maior certeza do mundo
tomando cerveja a fundo
uns jovens politicam em recortes
prestando atenção nos decotes
das morenas que passam
e arrancam de seus pulmões
suspiros
(sempre com certa malícia machista)

um negro canta contente
outro sai do trabalho e
acende seu conveniente cigarro
sem prestar atenção no maço

a vida não sou eu quem faço
"

Só pra frisar, talvez o segundo rock solidário saia.

"que a calcinha saia da tua saia" - frase do mágico tarado Ernest Bloom.

E espero que dê tudo certo, por sinal.
No entanto, porradas de sufoco serão água, mas pra quem tá morrendo de sede... É lucro baby!


p/ se começar um blues

puro engano
te dizer adeus
por engano


*bruno bandido prefere stones do que beatles.