sábado, 28 de junho de 2008

aos engomados e gamados

*bruno bandido



há muito me pergunto sobre a irresponsável missão dos heróis vagabundos com bafo de álcool. e sobre conversas de verões antigos regadas a cais e patricias. porque muito de meus heróis se quer escovavam os dentes. (mas nós temos um membro dentista só pra esculhambar), e temos azar de ter sorte e tudo mais.
é que as coisa seria mais fácil se lembrássemos, no dia seguinte, sobre tudo que conversamos bêbados em uma noite qualquer de jaguarão e bar fodido. mas óbvio que não vela a pena, ah se não vale!
recordo dos tempos pré-contracultura em que cantávamos beatles felizes por ter nascido a tempo de escutar love me do. no óvulo no útero no espermatozóide do que seria uma revolução revelada por ninguém.




*bruno bandido descobriu um bar em que a cerveja de 600 é dois reais em porto alegre, heineken dois e cinquenta.

domingo, 22 de junho de 2008

têm pessoas que insistem em não ser pessoas por um longo tempo até que a gente pá

*bruno bandido


introdução:

tava andando na rua andrógina e curti uma guria que pagava um cartão de orelhão com um punhado de moedas de dez centavos. um cartão de orelhão, pensei, que coisa. e ela secava as solas dos all stars, úmidas por causa da chuva, na calçada e isso deixava marcas. quando finalmente acabou de contar as moedas, deixou que umas caíssem no chão e se abaixou por um tempo. e as gotas da chuva batiam na sua bunda enquanto ela procurava pelos últimos centavos na calçada e isso deixava marcas.

sintetismo pré-contextual:


a rua andrógina é como um caso de banalização do árduo movimento cultural do entretenimento. nada faz o sentido que não é pra fazer. sendo assim, tudo faz o mesmo sentido. acontece é que as pessoas derretem jóias ou corações para o lucro exato e insensato do esquema. eu juro que percebi uma falsa onda de harmonização no ambiente.

conclusão:

parou de chover há três dias e ainda me ficaram algumas marcas.







*bruno bandido vive no limite da humildade (piadinha interna).

terça-feira, 17 de junho de 2008

Ao cubo da praça


Navegando, ou atravessando a nado como um bom chucro faria, na internet, eis que me depara com algo que chamou minha atenção, um disco para download do saudoso edu da gaita, ilustre cidadão nascido em nossa querida cidade heroica, e tão, ou mais, desconhecido em nossos arredores que esse blog.

A verdade é que ele nunca teve um grande sucesso comercial, porem tem um sucesso artisco invejavel, elevou em muito o seu instrumento, muitas vezes menospresado por outros musicos, a gaita de boca a um nivel nunca antes imaginado, foi a primeira pessoa a conseguir interpretar o moto perpetuo de paganini em um instrumento de sopro, andando a frente não so de outros gaitistas mas de saxofonistas, trompretistas entre outros instrumentistas. A ele foram dedicadas composições de Ramadés Gnatalli e de Heitor Villa-Lobos, a ele e por causa dele foram criados os primeiros concertos para gaita de boca. Que cidadão jaguarense iria imaginar que o maior coimpositor erudito das americas dedicou um dia uma obra a um cidadão de sua pequena cidade heroica. Porém como muitos morreu no esquecimento e em sua cidade natal pouco mais do que um pequeno memorial, que tenho duvidas se ja teve mais leituras que esse blog, a ele foi dedicado.

Assim não por falta de talento que não ha reconhecimento aos artistas jaguarenses, pois alguem reconhecido por grandes compositores brasileiros não é passivel de duvidas quanto a seu talento. Assim fica um pequena homenagem a um grande artista dessa terra, que so fui conhecer hoje por força da internet e de um blog paulistas, sendo que moro(mesmo vivendo maior parte do tempo em pelotas ainda considero que moro em jaguarão) preticamente desde meu nascimento em jaguarão e nunca me foi dada a chance de conhecer sua musica.


Fica também a dica, que espero profundamente que alguem se interesse, deste grande arista, segue abaixo o link para quem quiser escutar as gravações e um site em sua homenagem onde pode-se ler mais a seu respeito.

domingo, 15 de junho de 2008

Abandono Coletivo (das artes musicais)

*bruno bandido

Introdução:


Jaguarão vive um período semi-vivo de bandas de rock’n roll e pop. Todos tocam mas não tocam. O que acontece é uma falta de incentivo local, preguiça e falta de tempo de músicos, baixo índice de rebeldia artística e que muitos agitadores e instrumentistas estão exilados da cidade. Vamos deixar claro que tudo que o artigo-manifesto visa esclarecer é uma proposta/aposta ao oposto.


Objetivo:


Vou lançar a teoria do ex-músico sórdido. Aquele que sai com uma calça de brim branco suja para não se preocupar se, por acaso, um caminhão salpicar-lhe lama.


Resumo:


Ter banda não tá mais com nada.

É melhor migrar pra outro tipo de arte como abrir um bar ou montar uma equipe de taco.


Abstract:


I speak english very bad.


1. Contextualização, Explicação, Proposta e Argumentação:


Saquem só:


1.1 Breve histórico poético

Rimbaud aos dezesseis anos já tinha escrito seus mais belos versos. Com dezenove não escrevia mais nada. Renunciou a literatura e a poesia presa nos livros para vivê-la. Foi traficar armas na África e ter Verlaine só em pensamentos não importantes. Afinal, é o melhor poeta de todos os tempos, exaltou o simbolismo, inventou o modernismo e resmungou libertinagem.

Andy Warhol, em seu ímpeto pop, parou de pintar pra ficar levando o sucesso nas costas e as custas de uma idéia antes do tempo e no trabalho dos speed freaks da Factory. Não é à toa que é mil vezes mais lembrado que qualquer outro artista da Pop Art.

Jack Kerouac ressuscitou sua mãe, matou seus amigos e seus ideais, morreu rabugento com o mundo. Votou em Nixon como um bom filhodaputa. Tudo isso depois de escrever livros que realmente mudaram o mundo e as pessoas com ideias libertários.


1.1,5 Contextualização Armada


orangotangos
dançam tangos
sem conhecer gardel


1.2 O que deve ser a nossa poesia e arte


Quero deixar claro que todos gostam de poesia. Todos gostam de arte. E se alguém não gosta é porque tem que rever seus conceitos na questão “O que é poesia?”. Poesia é toda a estética que leva a pessoa a ter referencias subjetivas e emocionais. Se você enxergar uma lata de inseticida e isso te levar a refletir e duelar emocionalmente: Você achou a poesia. Portanto, tudo bem se você achar Drummond uma merda e curtir os Serranos. O que tem que entender é que nem tudo de Drummond é poesia e nem tudo de Serranos é poesia. Eu mesmo acho pouca poesia nos versos de Vinicius de Moraes, em suas músicas é outra história. Portanto, existe poesia na novela das oito e não serei hipócrita de contestar a afirmação.


1.3 Vamos abandonar as bandas


Após todas essas questões que coloco, fica fácil de saber o que devemos e, temos como obrigação suave, fazer. Mandar a música que vá a merda! Não a música em si. E sim, às bandas que possuímos, e as músicas que fizemos para colocar no portal mp3, no teatro com um público pequeno, ou na rádio (para os de tino mais comercial e potencialmente belo para o povo). Se desprendermos nosso potencial artístico de grupos musicais, daí sim, poderemos usá-lo para coisas realmente importantes, e que elevem nosso status objetivo.

Vamos, meus caros leitores e músicos jaguarenses, viver a nossa arte. Migrar para fontes que ajudem a cidade e a nossa diversão. Devemos, portanto, levar a outras consequências nossas capacidades artísticas e estéticas. Por que não abrir um bar realmente bom, regado à intelectualidade, poesia de nosso gosto e hedonismo? Muito melhor que tocar em bares que detestamos. Por que ensaiar? Vamos montar uma boa equipe de jogo do taco e nos divertir pelas calçadas e ruas! Corridas de Rolliman enlouquecidas na frente do Fórum! Por que pedir patrocínios para realizar eventos? Por que nos estressar com as autoridades burocráticas e burras que assolam secretarias culturais do município? Vamos só beber, o que a gente faz bem melhor. Essa será a grande intervenção artística em Jaguarão. Arruaceiros poetas, meninos de rua cantando Beatles e Legião Urbana. Violão desafinado na madrugada entre copos de vinho vagabundo. Futebol no Alaniz! E mais tudo isso que sempre soubemos fazer melhor do que tocar. Vamos viver a música, ao invés de imitá-la. Assim a poesia virá a nossas vidas.


2. Conclusão:

No Maratona,
Yes Maradona.







*bruno bandido até parece não ter o que fazer.

terça-feira, 10 de junho de 2008

blues da saudade fantasiada (outros outros)

leia mais *bruno bandido em http://brunobandido.wordpress.com

grande silêncio pessoal
alegoria
alegria
carna
val

carne
vil

bebida forte

cerne
viu

desperdiçamos vaidade
desperdiçamos filhos

matem os filhos que não tenho
e os outros
outros

deixem pra lá


*bruno bandido sonha em ser eleito rei momo ou rainha (tanto faz) de carnaval.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

orangotango blues

*bruno bandido


de repente
a gente
sente
uma vontade insinuante
pelo ridículo

um desejo displicente
do tipo
botar o dedo no ventilador
surge em nossa mente
e melhor que não arrebente
o corpo ou coisa parecida

Perguntas fodidas
Perguntas fodidas
Perguntas fodidas


*bruno bandido ainda tem e-mail do bol.
leia mais bruno bandido
em http://brunobandido.wordpress.com

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Serie: Breves Comentarios Existenciais

Comentarios de Deus a seu secretario: Para algo criado em sete dias até que ta durando muito...

terça-feira, 3 de junho de 2008

O Outro lado do Jornal Nacional!




* Contra cultura jaguarense plageia idéias descaradamente.