*bruno bandido
introdução:
tava andando na rua andrógina e curti uma guria que pagava um cartão de orelhão com um punhado de moedas de dez centavos. um cartão de orelhão, pensei, que coisa. e ela secava as solas dos all stars, úmidas por causa da chuva, na calçada e isso deixava marcas. quando finalmente acabou de contar as moedas, deixou que umas caíssem no chão e se abaixou por um tempo. e as gotas da chuva batiam na sua bunda enquanto ela procurava pelos últimos centavos na calçada e isso deixava marcas.
sintetismo pré-contextual:
a rua andrógina é como um caso de banalização do árduo movimento cultural do entretenimento. nada faz o sentido que não é pra fazer. sendo assim, tudo faz o mesmo sentido. acontece é que as pessoas derretem jóias ou corações para o lucro exato e insensato do esquema. eu juro que percebi uma falsa onda de harmonização no ambiente.
conclusão:
parou de chover há três dias e ainda me ficaram algumas marcas.
*bruno bandido vive no limite da humildade (piadinha interna).
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2 comentários:
No meu coração de perro nunca pára de chover,e ainda choro ouvindo músicas de Hélio Ramirez,e tenho que perder minha saliva e correr atrás porque tenho que escrever uma música pro disco ainda!!!!!!!
aconteça o que aconteça os cachorros sempre latem forte demais.
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